terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Às Vezes Nada Em Mim



Esta é a décima música do CD.


"Vou fazer algumas observações sobre esta minha

composição. Esta não é uma canção de abdicação à vida;

talvez ela se encaixe melhor como uma canção de auto-ajuda.

Quando eu falo na canção: 'Às vezes quase suicido...',

não estou incitando as pessoas a desistirem diante dos

árduos obstáculos, visto que logo após, também, digo

que o suicídio é uma porta sem saída para ninguém!

O suicídio não é, em hipótese alguma, uma opção válida!

O que a canção quer dizer é que, assim como o

personagem da canção tem problemas dos mais

diversos, nós, também, temos problemas, e não

podemos fraquejar diante dos obstáculos,

devemos transpô-los; devemos encontrar

a porta certa, e a porta certa está dentro de você!



Às Vezes Nada Em Mim





Às vezes nada em mim incita o passo adiante que eu não quero dar

E eu vivo cada instante por um instante longe de chegar

E o que há na pele estrangula a libido e a vontade de amar


Às vezes eu acordo e sinto a vida sem sentido

E nada pode mudar isso, e às vezes quase suicido

E a porta certa, a porta certa é aquela sem saída p’rá ninguém


Às vezes eu acordo e vejo sob mim um fundo abismo

A algidez pungente, endoada, ríspida e abrupta do ascetismo

E é disso que emana rude toda a negra dor do meu lirismo


Às vezes eu me encontro num estado subumano

E medito sobre a vida e como morro a cada ano

E medito sobre o tempo, sobre o envelhecimento

A busca por felicidade e os ideais do ser humano


E de repente chega a velhice a tristeza incrustada na carne semimorta

E você lembra da infância, do seu tempo de criança, de que havia uma porta

Mas agora nada importa, até que a carne o suporte, a porta certa agora é a morte


Eu aprendi que não deve esperar alguém que venha lhe fazer feliz

Você espera e esse momento nunca chega

E você perde a vida esperando um alguém que nunca vai chegar


É só você quem pode fazer algo para ser feliz

De nada adianta desistir, e é só você quem pode abrir a porta

A porta certa, e a porta certa está dentro de você



Eu me sinto muito feliz por ter feito esta canção!



Compositor: Tiago Oliveira de Sousa.

Espelho Profético



Esta é a nona música do CD.



Até quando vou viver assim

Sem cuidar de mim

Finco o pé légua tirana

Nessa estrada desumana

Que parece não ter fim


Todo dia piso a terra

Onde o homem faz a guerra

Onde o homem faz o mal

É a terra que alimenta

Mas a mão tão vil, sedenta

Da ganância mais nojenta

Só lhe planta o que é letal


Tudo fica na memória

Um passado de inglória

Um presente tão infausto

E um futuro que promete

Bomba atômica, atiéte¹

Genocídio e holocausto


E eu não sou tão pessimista

É que aguço a minha vista

E posso ver profundamente

Numa lente analítica

Eu percebo que a política

Pouco fez por essa gente


Que quer ser feliz...


Que deseja ser feliz no seu próprio país

Mas que é sempre roubada e enganada ao fado

O sonho cortado com atroz machado

Pela raiz


Tenta te olhar no mesmo espelho em que estou me olhando

E tu verás ligeiramente tua face enrugando

É o processo da senectude deteriorando

É o mesmo drama de um povo sofrido agonizando


Que a honra não tome

Que na própria fome

Se deixe insistir

Pois mesmo que morra

Que a lágrima corra

É justo o porvir


Deus está aqui...


É que o homem belicoso

Traz no âmago seboso

O prazer de destruir

E o homem na maldade

Traz com si promiscuidade

E o intuito de delinqüir


E há muito é assim...


Disse-me um dia, assim, um grande sábio:

“O homem se perdeu do Paraíso!”

E, assim, Deus formulou o seu juízo:

“A história do homem é um alfarrábio!”

Tudo concentrar-se-á num só lábio

E tudo será dito sem elipse

E o prenúncio será um longo eclipse

Estará em prelúdio o fim da Terra

A história do homem assim se encerra

Dessa forma virá o apocalipse



Nota do autor: Ariéte¹: Barbarismo usado por poetas,

compositores e outros autores amparados pela licensa

poética. Não é recomendado o uso deste termo nem

textualmente nem coloquialmente.

A grafia correta desta palavra é aríete.



Compositor: Tiago Oliveira de Sousa.

A Mansão Dos Homens Cegos



Esta é a oitava música do CD.



As indústrias invadem as cidades

A gerar benefícios e os empregos

Que ajudam em geral brancos e negros

Eu não posso ocultar estas verdades


Detentor de reais capacidades

O empregado infeliz que bate os pregos

Da briosa mansão dos homens cegos

Forjadora cruel de vis maldades


Não consegue entender porque motivos

O homem, o maior dos seres vivos

Anda em desenfreada involução


Vê o homem com uma chave inglesa

Ir bem ao coração da Natureza

P’rá parar o motor da criação



Compositor: Tiago Oliveira de Sousa.



Link Para Baixar Escutar a Música:


Copie este link e cole no navegador:


http://www.4shared.com/file/85607501/ea659fbe/07-A_Manso_Dos_Homens_Cegos.html

Últimas Palavras


Esta é a sétima música do CD.


Quando o vento toca o meu rosto

Fecho os olhos e penso em você

Lembra quando a gente se encontrou

Pela primeira vez

Eu pensava que você era quem sempre procurei


Todo o tempo estou pensando em você

Não consigo te esquecer

Mas eu não pude te ver

Não pude te encontrar

Quando eu pude você não quis me escutar

Simplesmente acabou

Pediu p’rá eu te esquecer

Eu só queria te dizer

Que eu pensava a todo tempo em você

Eu só queria te dizer

Que eu estava com saudade de você


Ah! Meu coração não está acostumado a ser feliz

Eu via em você a solução para os meus problemas

Mas você achou que estávamos distantes

E pediu para ficarmos mais


Onde você estará

Será que está pensando em mim

Ou...


Quer saber?

Eu estava com saudade de você

Eu só queria te dizer

Que eu pensava a todo tempo em você

Eu só queria te dizer

Que eu estava com saudade de você


Eu acho que ninguém nunca me fará feliz



Compositor: Tiago Oliveira de Sousa.