Esta é a décima música do CD.
"Vou fazer algumas observações sobre esta minha
composição. Esta não é uma canção de abdicação à vida;
talvez ela se encaixe melhor como uma canção de auto-ajuda.
Quando eu falo na canção: 'Às vezes quase suicido...',
não estou incitando as pessoas a desistirem diante dos
árduos obstáculos, visto que logo após, também, digo
que o suicídio é uma porta sem saída para ninguém!
O suicídio não é, em hipótese alguma, uma opção válida!
O que a canção quer dizer é que, assim como o
personagem da canção tem problemas dos mais
diversos, nós, também, temos problemas, e não
podemos fraquejar diante dos obstáculos,
devemos transpô-los; devemos encontrar
a porta certa, e a porta certa está dentro de você!
Às Vezes Nada Em Mim
Às vezes nada em mim incita o passo adiante que eu não quero dar
E eu vivo cada instante por um instante longe de chegar
E o que há na pele estrangula a libido e a vontade de amar
Às vezes eu acordo e sinto a vida sem sentido
E nada pode mudar isso, e às vezes quase suicido
E a porta certa, a porta certa é aquela sem saída p’rá ninguém
Às vezes eu acordo e vejo sob mim um fundo abismo
A algidez pungente, endoada, ríspida e abrupta do ascetismo
E é disso que emana rude toda a negra dor do meu lirismo
Às vezes eu me encontro num estado subumano
E medito sobre a vida e como morro a cada ano
E medito sobre o tempo, sobre o envelhecimento
A busca por felicidade e os ideais do ser humano
E de repente chega a velhice a tristeza incrustada na carne semimorta
E você lembra da infância, do seu tempo de criança, de que havia uma porta
Mas agora nada importa, até que a carne o suporte, a porta certa agora é a morte
Eu aprendi que não deve esperar alguém que venha lhe fazer feliz
Você espera e esse momento nunca chega
E você perde a vida esperando um alguém que nunca vai chegar
É só você quem pode fazer algo para ser feliz
De nada adianta desistir, e é só você quem pode abrir a porta
A porta certa, e a porta certa está dentro de você
Eu me sinto muito feliz por ter feito esta canção!
Compositor: Tiago Oliveira de Sousa.
Valeu, Tiago Poeta!
ResponderExcluirUm abraço desde Portugal.
Continue com o belo trabalho.
Tudo de bom...
Daniel